segunda-feira, 29 de junho de 2015

Bremen

Navegando pelas páginas de empresas aéreas me deparo no site da Ryanair com uma passagem Madrid-Bremen por 34 Euros ida e volta. Impossível não comprar.
E o que tem em Bremen?
Não importa! Vamos lá descobrir.

Começo a ler sobre a cidade e a ver algumas fotos e já fico animada com a compra recém feita :)

E logo ao pousar, me deparar com o magnífico sistema de transporte alemão, chegar no belo apartamento que alugamos e ver, ainda no escuro, as construções do bairro onde está o apartamento,  tive certeza de que Bremen seria uma grata surpresa. E foi mesmo!

Bremen é uma cidade-estado localizada na região Norte da Alemanha, faz parte da Liga Hanseática, nome dado a uma aliança protecionista estabelecida entre cidades portuárias com saída para o Mar do Norte e Mar Báltico, é banhada pelo Rio Weser e fica próxima a Hamburgo e Hannover, facilitando os bate e volta.

Ficamos num apartamento alugado pelo airbnb, numa área residencial muito linda e especialmente silenciosa, com fácil acesso a pontos de tramway, e também a menos de 2 km de caminhada do centro histórico. Fazia tempos que eu não dormia num lugar tão silencioso como aquele bairro. A sensação era de que todos os vizinhos tinham saído de férias ou eram mudos.






Em dois dias conseguimos conhecer os pontos principais do centro da cidade e ainda saímos de tramway para vários bairros mais afastados. Há bilhetes turísticos com abonos de 1, 2 ou 3 dias para uso dos transportes públicos, o que nos foi muito útil para sair um pouco do centro e ver como funciona a vida em bairros mais afastados.

Começamos, claro, pela Marktplatz, a praça central e antiga praça de comércio da cidade, que tem belíssimas construções: a Rathaus, a igreja St Petri Dom, a Estátua de Roland, o Parlamento, a Câmara de Comércio e a igreja Unser Lieben Frauen. Tudo muito impressionante.






No entanto, o localzinho mais famoso da Marktplatz é o canto onde está a estátua dos famosos músicos de Bremen, do conto dos irmãos Grimm.
O conto narra como 4 animais (um burro, um cachorro, um gato e um galo) rebelaram-se contra os maus tratos do seu dono e procuraram Bremen por ser uma cidade livre que não havia aderido ao sistema feudal (me gusta essa história!).

E, óbvio, que os músicos de Bremen não estão somente aí na praça; estão por toda a cidade, nos souvenirs, nas lojas, nos desenhos, em toda parte.


Ao sair da Marktplatz entra-se numa rua histórica de Bremen, a Böttcherstrasse.


Essa rua era habitada por trabalhadores do porto até o século XIX. Nessa época o porto de Bremen foi transferido para Bremerhaven (cidade a 65 km de Bremen). Foi quando Ludwig Rosellius, um senhor rico dono de uma empresa de café, comprou a maior casa da rua, a de número 6 (hoje um museu), e implantou aí o escritório da sua companhia, investindo posteriormente em artistas que montaram ao longo da rua seus ateliers. Desse modo, a rua transformou-se em um local de galerias e pequenos museus.

entrada da Böttcherstrasse






Nessa rua comemos e bebemos muito bem na cervejaria Ständige Vertretung. E na rua ao lado comemos no Kleiner Ratskeller (site) e tomamos cerveja no Schüttinger Gasthausbrauerei (site) que fabrica suas próprias cervejas.



Uma outra parada fundamental para comer e beber é no Bremen Ratskeller que fica na Marktplatz, nos porões da Rathaus (site).
Neste local está a maior adega da alemanha, a qual guarda o vinho mais antigo do país que data de 1653. É um local histórico, imenso, interessantíssimo e que vale a visita.


Se achar caro para comer, como nós achamos, a dica é ir lá para comer a sobremesa. Essa torta DELICIOSA da foto custou 4,95 Euros acompanhada de uma xícara de chá. Óbvio que à parte pedi um vinho porque acho meio que obrigatório num local como esses.




Fotos do Ratskeller:







Um outro local imperdível porém quase passando do meu limite para turistada de Bremen é o Schnooviertel, ou simplesmente Schnoor.


O Schnoor era o bairro dos pescadores e marinheiros no século VIII. Suas casas inicialmente eram todas construídas em madeira; por volta do ano de 1500 foram reconstruídas e mantem até hoje o aspecto da época.
Está cheio de lojinhas, bares, tem o chamado "menor hotel do mundo" na Wüstestätte e uma rua que é considerada a "mais estreita do mundo" (disso tenho lá minhas dúvidas).







O Schnoor é um bairro, digamos, fofo, assim como boa parte da cidade de Bremen. Por que?
Porque os moradores cuidam muito do visual das suas casas. Apesar de a cidade ter poucos dias de sol no ano e o frio do inverno ser de verdade, há muitas casas coloridas em Bremen, além de flores e bichinhos para todo lado.











Vendo o mapa da cidade há um curioso desenho que corresponde ao antigo fosso que protegia Bremen na época medieval.





 Nessa "ilha" está um belo parque e um moinho (Mühle Am Wall) que é também café e restaurante.


E como em qualquer parte da Alemanha, em Bremen não poderiam faltar os Biergärten.
À beira do rio Weser, na Weserpromenade, há vários bares com biergärtens. Há também um outro biergärten famoso que fica do outro lado do rio, o Cafe Sand. Estivemos aí no início do verão, com um resquício de vento frio da primavera, e o local ainda estava vazio, mas imagino que nos meses de julho e agosto deva ficar lotado. O mais legal é ir para o Cafe Sand atravessando o rio com um ferry que te leva ao outro lado em cerca de 3 minutos (o preço do ticket está incluído no bilhete de transporte turístico).





Se tiver tempo ande por Bremen utilizando as diversas linhas de tramway que a cidade oferece. Fizemos isso usando o abono de transporte e foi uma ótima experiência.






No próximo post falo sobre o bate-e-volta que fizemos de Bremen para Hamburgo.





segunda-feira, 22 de junho de 2015

Colônia (Köln)

A ida para Colônia foi incluída dentro dos 15 dias em que estive em Paris em 2014.
A viagem de trem dura 3:20 h, portanto, acho complicado para fazer bate-e-volta e por isso dormi no Cityhotel Storch (site do hotel), que não fica exatamente no centro da cidade, mas a poucos km de caminhada ou usando a vasta rede de transporte de Colônia que é tão boa quanto a das outras cidades da Alemanha.

Ao sair da estação você dá logo de cara com a magnífica e famosa Catedral de Colônia.



Colônia é uma das maiores cidades da Alemanha. Tem uma população de cerca de 1 milhão de habitantes, sendo muitos deles jovens, visto a cidade ter várias universidades, convertendo-se num centro estudantil importante da Alemanha.
É também um centro cultural de primeira linha, pois há em Colônia cerca de 30 museus!!



Sua catedral, patrimônio da Unesco, tardou quase 600 anos para ser totalmente construída e foi bastante danificada com os bombardeios da Segunda Guerra Mundial.
Tendo em vista seu tamanho e beleza monumental é a catedral um dos lugares mais visitados de todo o país.







Sim, fui do outro lado da ponte de dia e de noite para ver tudo com as luzes acesas.

Lástima que a ponte está, como outras pontes pelo mundo, cheia com essa besteirada de cadeado. Ok, fica lindo na foto e tal, mas acho de uma bobagem tamanha, além do fato de já estar comprovado que pode danificar a estrutura, como aconteceu com a Pont Des Arts em Paris.




Como mencionei num post anterior, a ida para Colônia, Bruxelas e Strasbourg fez parte do pacote de 15 dias em Paris na casa do amigo Luiz.

Nestes dias em Paris, por já conhecer a cidade e seus pontos turísticos (cada vez mais entupidos de gente) procurei ir a lugares que não conhecia antes, como a região ao longo do Canal Saint Martin, próximo de onde fiquei hospedada (recomendo fortemente hospedagem nessa região, principalmente para quem já conhece o lado mais turist de Paris), o Parc des Buttes Chaumont, a região de La Villette. Além disso, andei por cinemas, bistrôs que ía descobrindo ao acaso, e alguns "bar au vin" que sempre são uma ótima pedida em Paris.






Mas não deixei de ir aos locais ícones da cidade e nem de fazer um picnic à beira do Sena!