segunda-feira, 6 de julho de 2015

Hamburgo - bate e volta desde Bremen

Uma hora e meia de viagem e 7,50 Euros separam Bremen e Hamburgo.


Há algumas empresas de ônibus low-cost que fazem esse trajeto, algumas com ônibus que saem de madrugada. Escolhi a Postbus por ter um ônibus que saía muito cedo, mas que pelo menos saía após o nascer do sol.

Não há estação terminal de ônibus em Bremen, pelo menos não para os ônibus low-cost. Os ônibus saem de uma rua próxima à Hauptbahnhof.



Hamburgo é a segunda maior cidade da Alemanha.
É uma cidade riquíssima (creio que a mais rica do país) e tem um porto gigantesco que faz a ponte com a Alemanha e o resto do mundo. Como Hamburgo tem porto se está a mais de 100 km do mar? O Rio Elba, que banha a cidade, faz as funções de porto permitindo que haja um "porto de mar" em pleno rio.

Além disso, tem uma baixíssima taxa de desemprego (importantíssimo num momento de crise como o que vive a Europa) e uma alta renda per capita.
É uma cidade de negócios com mais de 100.000 empresas, dentre elas uma das fábricas da Airbus, além de ter uma indústria de comunicação de peso, com um grande número de empregados abrigando sede dos principais jornais e revistas da Alemanha.


Sede do Der Spiegel




Uma cidade como esta que exala desenvolvimento não poderia ser somente indústria e comércio; Hamburgo é também um importantíssimo polo cultural da Alemanha e da Europa. Está repleta de teatros, salas de concerto, museus. O que não falta são opções para quem vem com tempo de conhecer a cidade.

Eu como vim para passar algumas horas (das 9h às 18 horas) decidi bater perna e não entrar em nenhum museu.
Mais ainda quando descobri que havia uma exposição de fotografia em containers ao lado do Internacionales Haus de Photographie; era simplemente a Triennale der Photographie. Ai, ai se eu tivesse mais tempo para ficar uns dias por lá...





O que fazer numa cidade tão importante e que não é pequena tendo apenas algumas horas?
Armar um percurso a pé com ajuda do googlemaps e tentar cumprí-lo.
Saber que não vai haver tempo para conhcer tudo e conformar-se.
Pensar em voltar e passar alguns dias assim que puder.




Os pontos imperdíveis dessa caminhada são:


- Rathausplatz: a imponente prefeitura da cidade de Hamburgo. O local não impressiona somente por fora; vale entrar em seus salões assim como ver também os seus jardins.





- St. Nikolai Memorial: a igreja luterana de St Nikolai foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial por ocasião da Operação Gomorra (bombardeios aéreos sobre Hamburgo comandados pelos aliados após acordo com Stalin, tendo como alvo principal a igreja, mas também levando destruição aos navios do porto e inúmeros outros bairros da cidade). Sobrou a sua torre que em certa época do século XIX chegou a ser a torre mais alta do mundo (e ainda hoje é a torre mais alta de Hamburgo). Há um museu/memorial nos subterrâneos da igreja e você pode subir (com elevador, aeeeee) até o topo da torre. A vista aí é bem limitada porque há andaimes e tudo está ainda em construção, mas o pouco que se vê para mim vale a subida.





- Jungfernstieg: região à beira do lago Alster.




- Andar pelos inúmeros canais de Hamburgo: a cidade tem quase 2500 pontes que cruzam seus canais.






- Speicherstadt: essa é a região próximo ao porto onde estão os armazéns ao lado de construções de arquitetura contemporânea que impressionam.







- Philarmonica de Hamburgo: este impressionante edifício de vidro foi construído sobre antigos armazéns que estavam destruídos desde a Segunda Guerra e faz parte agora do grande patrimônio  cultural de Hamburgo. 


- Chile House: edifício comercial da década de 30 construído com quase cinco milhões de tijolos escuros.








- Para terminar a rápida "day-trip" a Hamburgo nada melhor que comer e beber um vinho ou a cerveja local Astra numa feirinha de comidas na Rathausplatz.





















Hamburgo me deixou duas coisas: a impressão de estar numa cidade incrivelmente desenvolvida (e rica, e cara) e a certeza de que tendo a oportunidade voltarei com mais calma, sobretudo para conhecer a cidade à noite e aproveitar seus bairros mais afastados do centro histórico, como o St Pauli.