TABERNA ALHAMBRA

Quando estava aqui pronta para começar escrever este post comecei a pensar quantas vezes e em que ano vim a Madrid anteriormente. A primeira vez foi em 2007 com o Marcelo, depois em 2010 com dois amigos, Paulo e Cris, outra vez em 2011 com duas amigas, Michelle e Carla, em 2012 para ficar dez dias com Fábio e Rafael e finalmente, agora para passar dois meses vivendo la vida madrileña com Marcelo.

O meu amor por Madrid não foi à primeira vista, como já aconteceu com outras cidades, mas sim foi um crescente e a cada vinda eu fui me apaixonando mais e mais.

Agora já tenho locais preferidos, azeitonas mais gostosas, museus que amo, melhores tapas, já sei onde tomar um bom "desayuno", onde comprar coisas com bons preços, onde almoçar barato e comendo bem.

E é aí que entra o Alhambra.

em dezembro/2012 com o querido Fábio (cariño) no meu primeiro dia de viagem

Quando vim a primeira vez em Madrid em dezembro de 2007 e conheci o que significava “salir de tapas” um local ficou marcado logo na primeira noite, a Taberna Alhambra.

Foi para o mesmo Alhambra que voltei logo na primeira noite nas três próximas viagens que fiz a Madrid. E mais uma vez, sem cansar do lugar e já sendo conhecida pelos seus atenciosos atendentes voltei agora em 2013, pretendendo ir ainda muitas vezes durante estes preciosos dois meses que aqui estarei.

O Alhambra é assim: ares de taberna antiga, com homenagens nas paredes ao Alhambra de Granada fazendo juz ao nome, preço justo, caña bem tirada, tapas caprichadas e porções de cair de joelhos.

Mas o melhor do lugar e o que te cativa te fazendo sempre querer voltar é o atendimento que é sempre muito especial e super amigável :)

com Ramona

com Rafael

O lado difícil de viver em Madrid

Viver em Madrid torna-se uma tarefa complicada à medida que a cada metade de uma quadra você pode encontrar dois ou três tabernas, cafés ou restaurantes.  A tentação de não comer em casa e de ficar na rua é enorme. Quando você decide que vai economizar e cozinhar em casa, sai para ir ao supermercado e dá de cara com uma praça cheia de gente tomando caña ou tinto de verano; segue mais em frente pela rua e encontra uma taberna antiga com uns velhotes discutindo a previsão do tempo e, claro, tomando caña com um pratinho de azeitonas ao lado. Há que se fazer um tremendo esforço para resistir.

A caña é uma instituição neste país. A tradição manda que ela venha acompanhada de um aperitivo, mais conhecido como tapa (uma porçãozinha de algo para beliscar). O que você vai ganhar como tapa vai variar muito de lugar para lugar e de região para região. Quanto mais antigo e tradicional o lugar, maior a chance de que a tapa seja no capricho. Portanto, no centro antigo de Madrid é onde estão as tabernas com as mais deliciosas e fartas tapas. Nos lugares mais moderninhos o que vai acompanhar sua caña (ou tinto de verano, ou vinho, ou sangria) vai ser batata frita, amendoins e, no máximo, azeitonas (essas merecem um capítulo à parte de tão variadas e deliciosas que são... num outro momento falo sobre elas).

Nos deu uma certa impressão de que a tradição das tapas pode estar se perdendo, visto que em muitos lugares só se dá azeitonas ou batata frita de pacote para acompanhar a bebida. Será uma pena se os espanhóis deixarem isso acontecer.

Nos próximos posts vou contar um pouco sobre os cantinhos de Madrid que tanto nos encantam.