domingo, 11 de novembro de 2012

Aix-en-Provence

Depois de quatro bem vividos dias em Arles fomos para Aix-en-Provence. A viagem de ônibus é mais fácil (horários, conexões) do que a de trem, custa 9 Euros e dura 1 hora e 30 minutos.

Ficamos no hotel Le Concorde que fica em uma das entradas do centrinho, longe do barulho do burburinho e perto de tudo para andar à pé. O hotel tem uma delícia de varanda, lugar bom para esticar os pezinhos depois de andar o dia todo.


Assim que chegamos fomos até a Oficine de Turisme para pegar mapas e decidir o que fazer na cidade. Não que Aix seja uma cidade grande, mas é bem maior do que as que havíamos estado por último, onde em um dia já se conhece tudo.
Fiquei impressionada com a Oficina de Turismo! Enorme, com várias telas interativas também de tamanho enorme, sei lá, tipo umas 40 polegadas, muitos atendentes, lojinha e mapas para todos os lados. Olha, mesmo que você não tenha o que fazer por lá, vá xeretar que vale à pena.

A principal avenida de Aix é a Cours Mirabeau. Hoje é uma avenida com bancos e algumas lojas de grifes de um lado e cafés chiquetosos do outro, cafés estes que foram frequentados por famosos intelectuais, como Cézanne, Émile Zola e Hemingway.


Aix, que é conhecida como cidade das mil fontes, chamava-se Aquae Sextiae na época da sua fundação (séc 123 a.C.).  Não sei se a cidade tem mil fontes, mas dá para ver muitas delas nas suas caminhadas e algumas são lindíssimas.





minha praça favorita
nesta fonte havia vinho rosé para ser gelado :)

Aix é a cidade natal do pintor impressionista Paul Cézanne. Para homenagear seu filho ilustre a cidade tem no chão das calçadas placas de metal com seu nome, formando um percurso pelos bairros onde viveu o pintor (circuito Cézanne). Seu atelier ainda está preservado e fica numa região próxima a Aix. Não fomos; deve ser legal para quem anda de bicicleta fazer um passeio até lá.

A cidade, que é centro universitário e conhecida por sua forte veia cultural, abriga vários museus, cinemas e galerias. Conhecemos o Museu Granet, onde estão os últimos Picassos, obras de Giacometti e, claro, de Cézanne.


Apesar da história e carga cultural, o que mais ficou nas minhas lembranças destes lindos dias em Aix foram as comidas e o vinho rosé.
Foi Aix que nos proporcionou a melhor comida da Provence.

Os três melhores lugares foram:

- La Cerise Sur Le Gateau, que não só tem nome lindo, mas também tem uma comida feita com muito cuidado pelo seu anfitrião. O prato estava delicioso e a sobremesa, acho que foi a melhor da viagem. Eu agredeci aos anjos e santos pelo bolo de chocolate com calda de côco que me fez uma mulher muito feliz.


 - L'Epicerie: uma salada Thai não só linda como deliciosa, foi seguida por uma tarte tartin muito querida.

 

 - Pasta Cosy: uma experiência gastronômica; seu anfitrião senta na mesa com você para discutir qual a melhor entrada, prato e vinho para aquela noite. As tapas de entrada são deliciosas e o Risoto de Lavanda foi o melhor prato da viagem e o melhor risoto que já comi na vida. Pena que não tenho fotos do lugar, o dia era de chuva e saimos sem camera, mas no trip advisor é fácil achar fotos e comentários de quem já teve o privilégio de ir lá.
a chuva chegando em aix


Uma ótima maneira de descansar a panturrilha e continuar vendo a cidade e vivendo um pouco a vida dos locais é pegar uma Diabline e fazer seu circuito inteiro. As diablines são tipo mini vans que fazem três circuitos pela cidade. O custo é de somente 50 centavos de Euro, cabem 5 ou 6 pessoas dentro e no circuitos que fizemos somente nós éramos turistas; o restante dos passageiros que entravam e saiam eram velhinhos que se conhecendo ou não, iam no meio do caminho falando sobre as intempéries das suas vidas. Adorei!













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