quinta-feira, 30 de abril de 2015

Varsóvia (1)

Antes de falar de turismo conto aqui uma breve e interessante história.

Tínhamos um dia e meio em Varsóvia antes de seguir viagem para Gdansk.
Desembarcamos no aeroporto Lotnisko-Chopina e fomos de ônibus até o apartamento Solidarność, que fica na avenida de mesmo nome, no centro da cidade.
Lá estava seu dono, o Adam Modzelan, que nos recebeu muito bem, e que tem um plus: fala espanhol fluidamente e fala também um pouco de português. Uma grande ajuda para quem chega num país de língua ininteligível e onde pouca gente fala inglês.
Por que falo aqui do Adam?
Porque ele foi personagem fundamental no que desenrolou-se nas próximas horas em Varsóvia.

Chegamos antes do esperado e o apartamento ainda estava sendo limpo. Deixamos as coisas no apartamento e fomos direto para o que uma exaustiva pesquisa no google (com ajuda imprescindível do google tradutor) nos disse ser o escritório de registros civis de Varsóvia.
(por que o registro civil? porque estávamos precisando de uma cópia atualizada da nossa certidão de casamento para dar entrada em um trâmite em Madrid).

Demos sorte. O google nos deu o endereço certo do local e o mesmo ficava a uns 400 metros do apartamento onde nos hospedaríamos. Mas a sorte logo virou...
Chegando lá obtive um NÃO para todas as vezes em que perguntei "Do you speak English?".
A única pessoa que falou algo quase incompreensível em inglês pareceu dizer que tínhamos que preencher um formulário que estava sob uma mesa. Porém, havia 5 modelos de formulário na mesa!
Que fizemos? Agarramos uma cópia de cada modelo e voltamos correndo para o apartamento com esperanças de, na cara dura, pedir ajuda ao Adam, este aceitar descobrir qual formulário seria e ainda preencher conosco, visto que olhar para aquilo ali é a mesma sensação que alguém não alfabetizado deve ter ao abrir um livro. Muito triste.

Nossa sorte mudou para melhor quando vimos que Adam ainda estava no apartamento (já quase de saída), nos indicou qual o papel deveria ser preenchido e mais ainda, ofereceu-se para ir conosco no dia seguinte ao registro civil (afinal, chegar lá com aquele papel em mãos sem explicar motivos e etc não serviria de nada).

E ele foi!!!!
No dia seguinte, na hora marcada, ele estava à nossa espera em ainda teve a paciência de esperar o número de senha ser chamado (o que demorou bastante para um lugar que estava quase vazio... é gente, parem de ficar dizendo que burocracia é só no Brasil... garanto que em mais dois países a coisa também pode ser complicada... Espanha e Polônia).
Adam foi nosso salvador da pátria e seremos eternamente gratos a ele.

Apartamento onde ficamos: apartamento varsovia

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