sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sarlat-la-Canéda / Beynac / La Roque-Gageac / Saint Emilion

Partindo de Bordeaux alugamos um carro e fomos até Sarlat-la-Canéda, cidade com características medievais situada na região chamada Dordogne, que é um departamento da região da Aquitaine, no sudoeste francês.



A cidade de Sarlat data do século IX e surgiu após a fundação de uma abadia beneditina. A abadia cresceu e no seu entorno foi-se criando uma cidade que teve seu apogeu nas épocas Medieval e Renascentista.
Em 1962 a cidade foi restaurada após promulgação de uma lei francesa que beneficiou um grupo de cidades chamadas de "mais belas cidades da França". Seu centro histórico também é patrimônio da UNESCO.
A cidade tem atualmente cerca de 10.000 habitantes.


Sarlat é famosa pela sua gastronomia, e é especialmente famosa por ser região do foie gras (fígado de ganso ou de pato) e das trufas. O foie gras está em todos os lugares: restaurantes mais finos, restaurantes com menu turístico, lojinhas e na praça central, habitada eternamente por 3 patos.




Se eu comi o foie gras? Sim, comi! Se você sabe como ele é produzido e por questões morais não quer comer, ou se não gosta de foie gras, vai ter que rebolar para comer outra coisa porque a cidade é quase um foie gras ambulante. A trufa não deu para comer... o orçamento baixo não permitia.
Mas falando assim parece até que Sarlat não é uma cidade legal. É sim, e muito. A cidade é lindíssima e seu povo é agradável. Caminhar por suas ruas é um privilégio e vale à pena dormir na cidade para vê-la vazia de noite e imaginar como era o lugar nos tempos de outrora.




Uma das melhores refeições da viagem foi no restaurante Le Presidial. Jantamos neste lugar que ao mesmo tempo é requintado e familiar e conhecemos sua dona, uma portuguesa muito simpática que além de ter nos proporcionado uma delícia de comida e de vinho nos deu a dica de não ir embora da região sem antes conhecer dois lugares: Beynac e La Roque-Gageac.

E assim, no dia seguinte, antes de voltarmos a Bordeaux, tivemos a grata surpresa de passar por duas cidades encrustadas em um rochedo e com visual deslumbrante.

Beynac

La Roque-Gageac




Aliás, não só as duas cidades, mas todo o caminho no seu entorno é cenário de filme (e é mesmo, já que o lugar serviu como locação para diversos filmes franceses). A vontade foi de voltar um dia, com mais tempo, para dormir nesta região.




De La Roque-Gageac seguimos para Saint-Emilion que era motivo inicial deste roteiro de viagem.
A cidade é linda, mas... é fofa demais para o meu gosto. Turística demais, arrumadinha demais e, sobretudo, cara demais. Oito euros por uma taça de vinho mais ou menos que ainda por cima veio numa quantidade que mais parecia que era para degustação é desaforo. E olha que não era alta temporada, imagino aquilo no verão.

Então Saint Emilion serviu para que a conhecêssemos, rendeu lindas fotos e um belo anel de madre pérola que guardarei como lembrança da bela região e da viagem com amigas.




Na volta para Bordeaux, além de termos um belíssimo visual na estrada, a lua cheia nos esperava mais uma vez à beira rio.



Impressões Sarlatianas:
- deve ser melhor ir na época que fomos porque no inverno deve ser geladíssima e no verão, pela quantidade de lojas e restaurantes que tem, a cidade deve ficar lotada;

Impressões Beynaquianas e Roquegageaquianas:
- até 10 horas da manhã nada estava aberto, nenhuma padaria, nenhuma lojinha e nenhuma porta ou janela de NENHUMA casa, ou seja, todos ainda dormiam; concluo que é insano acordar a hora que acordo para ir trabalhar e que a vida deveria realmente ser vivida somente à partir das 10h;

Impressões Saintemilionenses:
- a cidade está toda preparada para este tipo de turismo enólogo (são mais de 900 vinícolas na região!), mas como sou mais adepta ao turismo ordinário do que a estes extraordinários, Saint Emilion virou cidade onde "pronto, já deu"; enquanto isso, espero o dia de voltar a Beynac, Roque Gageac e a outras cidades da Dordogne.

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