segunda-feira, 8 de agosto de 2011

madrid (maio/2010)


Na primeira ida a Madri em dezembro de 2007 a cidade estava impregnada pelo espírito Natalino, o que muda bastante o cenário da mesma. A Plaza Mayor estava tomada pelas barracas do mercado de Natal e as pessoas usavam perucas coloridas (!!) e batucavem tambores (!!!). Isso tudo até as 20 horas do dia 24 (la Nochebuena). Depois deste horário Madri virou uma cidade fantasma e só eu e o Marcelo andávamos à esmo num frio de 5 graus. Ficamos perdidos, sem ter o que fazer, com fome porque tudo estava fechado, mas tivemos Madri somente para nós por algumas horas.
 
24/12/2007 em Madrid





A cidade é animada, repleta de bares de tapas, sua noite começa muito tarde e termina somente de manhã. Seu povo tem um mau humor característico que te deixa somente com duas opções: ou você se irrita diariamente ou você aprende a levar na piada e diverte-se com isso.
Desde a língua e o sotaque dos madrilenhos (que fazem o tempo todo você pensar que está num filme de Almodovar), passando pelas lojas com roupas de cores exageradas e de corte antigo, culminando com suas mulheres excessivamente maquiadas e com cabelos repletos de laquê, Madri tem um charme kitsch que a torna única.
São tantas igrejas, tantas ruas e praças com nome de santos que logo nota-se a força secular da religião católica.


O Centro de Madri é muito lindo e é aí que ficamos hospedados nas duas idas à cidade, no Hostal Cruz Sol, hotel bastante simples, mas limpo e com excelente localização.
A 30 metros do hostel está a belíssima Plaza Mayor, um oásis de tranquilidade se comparada à região vizinha, a da Puerta del Sol, que tem um quê de caótica.

Plaza Mayor

As ruas do centro são fáceis de serem percorridas à pé e, da Plaza Mayor pode-se caminhar para a região da Catedral e Palazio Real, para as ruas de compras do centro (onde está o enorme El Corte Ingles), para a região da estação de Atocha, para a Gran Via, e para a região dos sensacionais Museu do Prado e Museu Reina Sofia.

Estação de Atocha

Museu del Prado

Ed. Metrópolis na Gran Via

Além disso,  próximo à Plaza Mayor estão dois ótimos lugares onde se come muito bem: o mercado de San Miguel, com várias barraquinhas de queijos, petiscos (tapas) e vinhos em taça, que você pode degustar de pé ou sentado em mesas comunitárias;  e a Calle Cuchilleros, onde há vários restaurantes incluindo o Botin, conhecido como o restaurante mais antigo do mundo pelo Guiness Book. E aí ao lado da Puerta del Sol, entre a Calle de Las Huertas e Plaza Del Angel, há uma ótima região de bares de tapas.

Sair de tapas em Madri é fabuloso. O costume é ir num bar, pedir uma caña (chopp) ou uma taça de vinho, tomar e seguir para o bar vizinho. Cada bebida que se pede é acompanhada por uma pequena porção de belisquete (tapa) que vem "free".

Uma vez chegamos num bar que fabricava sua própria cerveja e tinha 4 sabores da mesma, da mais lourinha à black, passando pela ruiva. Dissemos que não sabíamos qual delas escolher e o garçon logo trouxe uma linda bandeijinha de madeira com 4 copinhos pequenos, cada um com um sabor de cerveja. Tomamos, escolhemos com quais delas seguiríamos para o copo grande e o garçon trouxe os nossos copos e uma porção de tapas. Resultado da conta = 2 chops cobrados. Não é o máximo?

Outro local recomendado para sair de tapas é o bairro La Latina, que também está próximo do centro. Não conheci bem esta região nas duas primeiras viagens e, como fiquei devendo isto a Madri, voltarei em outubro deste ano para saborear as tapas do lugar!!

Calle de las Huertas


Calle Cuchilleros


Mas peraê... Madri não é feita só de tapas. Além dos pontos turísticos que já citei, Madri tem as Puertas de Alcalá, de Toledo, de Europa e a Plaza de Cibeles.

Puerta de Europa e Torres Kio
Plaza de Cibeles

Os seus museus merecem ser visitados em todas as vezes que se for à cidade. O Museu do Prado é um dos maiores e mais impressionantes que já conheci, o Reina Sofia tem uma coleção indispensável, e Madri ainda tem o Thyssen-Bornemisza e o Caixa Forum, os quais conhecerei na próxima viagem.

Observações Madrileñas:
- a siesta existe e não é lenda. Não consegui identificar qual é o horário da siesta (se é que existe horário determinado) porque havia lojas abertas e outras fechadas, restaurantes abertos e outros fechados. Mas o fato é que por volta das 14h até as 17h muita gente vai dar um cochilo. Depois as coisas abrem e às vezes vão até as 22h. Certíssimos estes espanhóis.
- os espanhóis (pelo menos os madrileños) são autênticos caga-raiva. Acostume-se com a idéia e divirta-se.
- não gostei do El Rastro, o mercado de pulgas que acontece aos domingos. Muvuca demais para o meu gosto.





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