quinta-feira, 14 de maio de 2015

Auschwitz-Birkenau em Oświęcim

Era uma dúvida cruel sobre ir ou não a Auschwitz.
Tive insônia na véspera do dia programado para ir.
No caminho de ida ainda tinha dúvidas se queria ver o que estava à minha espera.

O fato é que não é fácil, mas isso é tão óbvio que eu não precisaria citar aqui. Mas digo porque não é fácil mesmo.

Por que fazer um post sobre Auschwitz se cada um vai viver essa experiência de maneira muito particular e por mais que alguém fale como é, só quem vai é que pode saber?

Desse modo, faço o post menos para dar as minhas impressões do que para explicar como fui por conta própria.

Não quis visita guiada. Pensava antes que não suportaria ficar escutando detalhes sobre o que aconteceu lá. Entrar já seria suficientemente medonho.
E não me arrependo.
Foi suficiente entrar, ler vários detalhes que estão em placas explicativas e ver as instalações do que foi o horror.
Eu já havia lido algumas coisas suficientemente fortes sobre Auschwitz e não queria um guia me dando mais e mais detalhes sórdidos.

Então, para quem quiser ir como fomos é bem fácil.

É só ir na estação de ônibus de Cracóvia, que fica ao lado da estação central de trens, e perguntar os horários dos ônibus para Auschwitz Museum (sim, as duas pessoas que me atenderam falavam um pouco de inglês). Há ônibus a cada meia hora, ah, sim, e não são ônibus e sim micro ônibus. A viagem dura mais ou menos 2 horas e o caminho é lindo.
Tanto no mostrador do computador da atendente como na plaquinha do micro ônibus vai estar escrito Oświęcim, que é o nome da cidade onde construíram o campo de concentração.
De qualquer modo, ao entrar no ônibus perguntei ao motorista se aquele era o ônibus que ía para o museu (porque há um ônibus que vai para a cidade e são 2 km daí até a entrada do museu) e ele me confirmou que sim. Ele mesmo, o motorista, já nos fez comprar o bilhete de volta em suas mãos (é assim que funciona, compra-se o bilhete de volta com o motorista).

Ao chegarmos na entrada do museu ele falou que deveríamos descer ali e que do lado oposto da rua passaria o ônibus da volta (os horários da volta vêm escritos no próprio bilhete que se compra na mão do motorista).

Na época que fomos o museu estava aberto à visitação sem acompanhamento de guia à partir das 15 horas (ou antes das 10 horas, mas achamos muito cedo). Nesses horários sem guia a entrada é grátis. Compramos um livreto, que é vendido na livraria ao lado da entrada do museu, por cerca 5 Euros; neste livreto há uma breve história e um mapa. Com isso já dá para se virar mais do que bem lá dentro.

De Auschwitz há um ônibus grátis para Birkenau (viagem de uns 5 minutos) que passa a cada 20 minutos mais ou menos. O caminho de volta é o mesmo: saimos de Birkenau, pegamos o mesmo ônibus que leva até Auschwitz, fomos para onde o motorista indicou que seria a parada do ônibus para voltar a Cracóvia e tudo ok (detalhe, o ônibus da volta atrasou uma meia hora).

Quanto ao que tem lá dentro dos dois campos só vendo mesmo. Não fotografei. Não vejo porquê.

Auschwitz é muito grande, porém Birkenau é gigantesco e visitar os dois requer uma boa dose de musculatura de membros inferiores. Para quem vai na época de calor é bom preparar-se também para muito sol em Birkenau; é descampado, empoeirado e venta muito. E para quem vai no inverno nem preciso comentar...

Sim, são dois campos. O primeiro a ser construído foi Auschwitz.
Segundo a concepção dos nazistas, quando em Auschwitz (e em outros campos de concentração) não havia mais espaço para a quantidade de seres humanos que eles designaram para extermínio, foi construído, então, o campo de Birkenau, com o propósito de ser o local onde se daria a "solução final para os judeus".

Deixo aqui algumas fotos externas de Auschwitz-Birkenau para que tenham noção do caminho a percorrer.

Auschwitz no canto inferior direito e Birkenau no canto superior esquerdo

Auschwitz

Birkenau

Birkenau






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